Considerado o último dos beatniks vivo, Tom Waits está para a música assim como o Charles Bukowski está para a literatura. Folk, jazz, blues, soul, indie, rock, ele passeia por diversos gêneros sem nunca amarrar sua mula em nenhum deles. O compositor cria os instrumentais de suas canções como se preparasse o palco para uma peça de teatro. Sua inconfundível voz rouca e grave narra a vida de personagens peculiares (fictícios ou baseados em pessoas reais) em um tom ao mesmo tempo misterioso e debochado. Tom Waits é, essencialmente, um contador de histórias. Misturando sua admiração pela música de Frank Sinatra, Bob Dylan e Louis Armstrong com sua paixão pelos escritos de Jack Kerouac, William Burroughs e Allen Ginsberg, Waits criou um estilo de cantar que mescla frases melodiosas com monólogos falados. Ofuscado pela década de 70 e suas bandas exibicionistas, Tom Waits foi influenciado, influenciou (e ainda influencia) muita gente. Semelhante a outros como Leonard Coen e Serge Gainsbourg e influencia gente do naipe de Nick Cave, Mark Sandman, Mark Lanegan, e até mesmo Iggy Pop. Essa habilidade de criar canções que ambientam histórias garantiu que Waits fosse chamado para compor trilhas sonoras. A primeira foi a convite de ninguém menos que Francis Ford Coppola, para quem o compositor gravou as músicas de "One from the Heart" em 1982 e ganhou indicação ao Oscar. Além de compor, Tom foi convidado a atuar em diversos filmes do diretor desde então, incluindo "Rumble Fish" (em 1983) e "Dracula" (em 1992). Mais recentemente, o cantor se destacou por sua atuação no filme "O Imaginário do Dr. Parnassus" de Terry Gilliam.
vou deixar meu ipod passar uma semana na sua casa.
ResponderExcluirbeijos, silvia
tom waits dispensa comentários. seria perda de tempo tentar descrever o que ele faz a gente sentir com e em todos os sentidos.
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